REGINALDO
ROSSI
Á
U D I O T E X T O
Música
tema entra e fica em BG;
Locutor:
A
Rádio Nacional apresenta (1'25”)
ESTÚDIO
F,
Momentos
Musicais da Funarte
Apresentação
Paulo César Soares.
Apresentador:
Ele
tocou rock, iê,iê,iê, mas ganhou fama pela forma como escrevia e
cantava os relacionamentos amorosos. Sem pudores para tratar temas
difíceis como traição, amor e abandono, arrastou multidões. De
camisa aberta e cordão no pescoço, sempre sedutor, o homenageado do
Estúdio F é um apaixonado pelas mulheres, o 'Rei do Brega',
Reginaldo Rossi.
Entra
“Mon amour, meu bem, ma femme” como bg no trecho sublinhado,
depois sobe e fica até o final. (2'22”)
Apresentador: “Mon
amour, meu bem, ma femme”
é uma canção que fala do poder de sedução feminino, uma
declaração de amor. Puro romantismo, que, aliás, é marca
registrada do artista! Mas a carreira de Reginaldo Rossi começou em
um ritmo bem diferente: foi, segundo ele mesmo, o primeiro cantor de
rock do nordeste. Passou a imitar Roberto Carlos e, depois, a cantar
o próprio iê, iê, iê. Sonhando com a fama, Reginaldo abandonou a
profissão de engenheiro, as aulas de matemática e física, para
comandar o grupo “The
Silver Jets”(Dê
Silver Djéts).
Vamos ouvir uma das músicas do primeiro compacto da banda, que saiu
do forno em 1966: a canção “Você
gosta de mim”.(35”)
Entra
“Você gosta de mim” e fica até o fim (2'24”)
Apresentador:
Ser chamado de ‘pão’ por uma das meninas recatadas do interior
era um ‘senhor’ elogio a qualquer homem no fim da década de
sessenta. O termo 'pegou' ainda mais depois do lançamento do
primeiro LP da carreira solo de Reginaldo Rossi, lançado pela
Chantecler.
(Chanteclér)
A
faixa-título, "O pão", fala da superação de um homem
abandonado pela mulher amada, que dá a volta por cima e encontra um
novo amor. A música, composta em parceria com Namir Cury e Orácio
Faustino, em pouco tempo estourou nas rádios do nordeste! (25”)
Entra
em BG a introdução da música “O PÃO”.
Sobe ao término da narração e fica até o fim. (2'23”)
Apresentador:
Depois
de provar do sucesso de "O Pão", Reginaldo Rossi lançou a
“Festa dos pães”, seu segundo álbum, já com um estilo mais
irreverente. Um dos maiores sucessos desse LP foi a canção “Maior
que Deus”. Nela, Reginaldo exalta uma mulher que tem o poder de
fazer com que o homem ao seu lado sinta-se como o todo poderoso,
capaz de qualquer coisa por ela, acima do bem e do mal. (20”)
Entra
“Maior que Deus” e fica até o fim. (2'45”)
Apresentador: A
identificação de Reginaldo Rossi como “cafona” aconteceu mesmo
no terceiro disco, lançado em 1970, pela CBS, quando ele deixou
completamente de lado o rock.// Reginaldo, que já era reconhecido
pelo lado romântico, ousou ainda mais. Apimentou suas letras e
passou a cantar os dilemas dos relacionamentos de modo mais
desavergonhado, expondo os desejos mais ardentes, como em “Pegou
fogo na caixa d'água”, do álbum “Chega de promessas”.(26”)
Entra
“Pegou fogo na caixa d'água” e fica até o fim. (2'00”)
Apresentador:
A década de 80 foi marcante para Reginaldo Rossi. O romântico
exagerado encontrou seu espaço no norte e nordeste do Brasil. Tudo
que cantava caía no gosto do povo!// Entre os sucessos desse
período, lançou, já pela EMI, o LP “A volta”. // Um dos
destaques do álbum é a música “A
idade do lobo”, que
fala da paixão de um homem maduro por uma mulher bem mais
jovem.(25”)
Entra
“A idade do lobo” e fica até o fim. (3'20”)
Apresentador:
No
próximo bloco, Reginaldo Rossi homenageia sua
terra
natal e canta as dificuldades do caminho que trilhou do anonimato ao
sucesso.(12”)
Locutor:
Estamos
apresentando Estúdio F,
Momentos
Musicais da Funarte.
(3”)
OBS:
O primeiro bloco tem um total de (19')
I
N T E R V A L O
Insert
Chamada Funarte (23”)
Locutor:
Continuamos
com Estúdio F
Entra
“Recife minha cidade”, cai como Bg e permanece brevemente no
início da fala do apresentador.
Apresentador: Apaixonado
por Recife, Reginaldo Rossi sempre contava, durante os shows,
histórias de seu tempo de menino. Filho de um artista cômico,
sapateador e cantor, perdeu o pai aos quatro anos de idade e foi
adotado por um casal com quem foi morar no Rio de Janeiro.
Registrado
com o sobrenome dos pais adotivos: 'Reginaldo Rodrigues dos Santos',
assumiu artisticamente o sobrenome da avó, assinando Reginaldo
Rossi. Foi com ela, Antônia Rossi, que Reginaldo voltou a morar no
nordeste, na adolescência. Vamos ouvir agora a música “Recife
minha cidade”, uma das homenagens a sua terra natal. (35”)
Entra
“Recife minha cidade” e fica até o fim. (4'50”)
Apresentador:
Acabamos
de ouvir “Recife minha cidade”,
música
na qual Reginaldo Rossi saúda sua terra, mas o tema mais recorrente
em seu trabalho é o amor romântico, o desejo puro e simples. Para
ele, a paixão e suas confusões eram algo para ser tratado com
naturalidade, comum à vida de todas as pessoas. Uma de suas canções,
inclusive, ganhou título de uma fábula infantil: “A raposa e as
uvas”, em que o animal, não conseguindo as frutas desejadas, sai
falando delas com desdém. (35”)
Entra
“A raposa e as uvas” até o fim. (3'50”)
Apresentador:
Reginaldo
Rossi ganhou destaque pela forma como escrevia sobre os encontros e
desencontros entre os casais. A paixão, a traição, as brigas, as
desilusões e os reencontros foram contados em histórias com as
quais as pessoas se identificaram. Suas canções viraram trilhas
sonoras de muitos amores Brasil afora. Não só nas músicas que
compôs, mas também nas que escolheu interpretar, como em “Entre
tapas e beijos”, de Nilton Lamas e Antônio Bueno.(32”)
Entra
“Entre tapas e beijos” e fica até o fim. (3'20”)
Apresentador:
A vida de estrela da música brasileira não foi fácil. Encontrar o
caminho do sucesso, em São Paulo, exigiu persistência e coragem.
Reginaldo Rossi desabafa as dificuldades desse percurso em “Foi
duro meu amigo”, que vale a pena ouvir.(17”)
Entra
“Foi duro meu amigo” e fica até o fim. (3'40”)
Apresentador:
No próximo bloco, Reginaldo Rossi lança “Garçom” e conquista
fãs de todas as idades.(5”)
Locutor:
Estamos
apresentando Estúdio F,
Momentos
Musicais da Funarte. (3”)
OBS:
O segundo bloco tem um total aproximado de (18')
I
N T E R V A L O
- Insert Chamada Funarte (23”)
Locutor:
Continuamos
com Estúdio F
Apresentador: Reginaldo
Rossi não achava o rótulo de brega negativo. Pelo contrário. Era
um título do qual ele se orgulhava, pois, em sua opinião, tinha a
‘nobreza’ de alguém que escolheu falar das coisas do coração.
Aos que consideravam o termo brega pejorativo, incorporava o
professor que foi na juventude e explicava que a diferença entre
“brega e chique” só começou a existir depois da década de 60,
no contexto da ditadura militar.
Tanto
com o título de Rei, quanto com o de brega, Reginaldo era tão bem
resolvido que, em 1999, gravou o rock “Rossi - The King”,
composição de Renato Barros: aquele dos Blue Caps! Nos versos da
canção, Reginaldo brinca com a própria fama. A música diz que se
Elvis fosse vivo, teria raiva de Reginaldo. Diria: “My good como é
que pode? Nem o Sinatra faz tanto sucesso assim!”. Acompanhe: (1’)
Entra
“Rossi - The King” e fica até o final . (3'45”)
Apresentador: Reginaldo
circulou e conquistou a admiração de diferentes públicos.
Procurava sempre novas inspirações e projetos.
Em
2000, gravou, no Parque Lage, no Rio de Janeiro, seu primeiro
videoclipe com direção
de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, cercado de mulheres fazendo a
dança do ventre, como um verdadeiro sultão.
A música escolhida foi “Leviana”, escrita por Tony Brasil, em
parceria com o cantor Diogo do Pará.
(20”)
Entra
“Leviana” e fica até o fim. (4'48”)
Apresentador:
Uma
demonstração da admiração que Reginaldo despertava em seus
colegas artistas foi o lançamento do CD “Reginaldo Rossi – Um
tributo”, onde não faltaram amigos que quisessem participar. Uma
das homenagens foi a gravação de “As quatro estações”, por
Geraldo Azevedo. (25”)
Entra
“As quatro estações” e fica até o fim. (3'57”)
Apresentador: Se
nas canções o Rei amou demais, na sua biografia, o coração foi
terra de uma dona
só: Dona
Celeide Rossi. // O “Dom Juan” brega teve apenas um filho e viveu
por mais de 30 anos com a única esposa. Reginaldo morreu em dezembro
de 2013, aos 69 anos, lutando contra um câncer de pulmão, mas fica
imortalizado pela obra que deixou. E nós guardamos o melhor para o
final. Vamos encerrar o programa, com o próprio Reginaldo
explicando, com seu jeito bem humorado, como nasceu a música de
maior sucesso: Garçom!, lançada no LP “Teu melhor amigo”, pela
EMI (ì,
êm, ai),
em 1987. (40”)
Entra
áudio abaixo.
(Garçom...
falei em garçom todo mundo gosta, todo mundo ri, mas é um fato
verídico: os homens acham que podem chifrar, chifrar e chifrar que
não acontece nada. E homem é tão safado, que no dia que leva um
chifrizinho já quer bater na mulher, quer matar a mulher. Isso não
se faz. Eu sou contra a violência.(atenção edição: corte) Eu sai
para o bar, comecei a beber, a chorar e o garçom chegou junto de mim
e disse: Rossi, por que tão triste? Por que chorando tanto? Eu
disse, garçom, acabei de levar o maior chifre da minha vida! Ele
disse: Deixa pra lá, faz uma música! Eu disse: é mesmo, peguei um
papel e comecei a escrever a letra. Terminei, mostrei pra ele e ele
disse: ta ótimo. Eu disse: Tá boa? Será que vai fazer sucesso?
Ele olhou dentro dos meus olhos e disse: Rossi, vai ser o maior
sucesso! Eu perguntei: Por que? Ele olhou de novo pra mim e disse:
porque você não é o único corno do Brasil! Vamos lá! Garçom!
Começa a música)
Entra
“Garçom” e fica até o fim. (4’57”)
Entra
música tema do Estúdio F e fica em BG com a narrativa abaixo
grigada. (57”)
Apresentador: O
programa de hoje foi roteirizado pela pesquisadora e roteirista Aline
Veroneze. O Estúdio F é apresentado toda semana pela Rádio
Nacional do Rio de Janeiro e nas Rádios Nacional de Brasília e da
Amazônia, emissoras EBC – Empresa Brasil de Comunicação. Os
programas da série também são uma das atrações do Portal das
Artes. O endereço é www.funarte.gov.br. Cultura ao alcance de um
clique! Você também pode ouvir o programa pelo site da EBC:
www.ebc.com.br. Quem quiser pode escrever para nós, o endereço é:
estudiof@ebc.com.br
Apresentador:
Valeu,
pessoal! Até a próxima!!!
OBS:
O terceiro bloco tem um total de (20”)
Total
aproximado (57’)
CHAMADA
Apresentador:
Ele
ficou conhecido nacionalmente por cantar o amor às mulheres e o
pesar das traições. Pernambucano, romântico, era especialista em
abrir seu coração sem reservas e cantar as dores e sabores dos
relacionamentos. Recebeu o título de 'Rei do Brega', mas já
participou até de uma banda de rock no nordeste do Brasil. Reginaldo
Rossi é o homenageado do Estúdio F, na segunda-feira, às 21 horas,
aqui na Rádio Nacional. (25”)