Estúdio
F
Bloco
1
Á U D I O
T E X T O
Música-tema
entra e fica em BG;
Locutor
- A Rádio Nacional apresenta
ESTUDIO
F,
Momentos
Musicais da Funarte
Apresentação
de ----- (1’25”)
Entra
“Falando de amor” só a parte instrumental fica como bg e logo
cai.
Apresentador:
Elas
seguiram o caminho que o samba apontou. Nasceram na Bahia, assumiram
nova forma no Rio de Janeiro e depois ganharam o Brasil e o mundo.
As quatro irmãs, baianas, donas de vozes encantadoras, formaram o
conjunto
vocal feminino que é referencia na música popular brasileira.
Um
conjunto que ganhou vida própria, teve diferentes formações, mas
nunca perdeu a identidade. Vamos falar de amizade e de amor – pela
bossa nova, pelo samba e pela vida – nessa homenagem do Estúdio F
ao Quarteto em Cy.
(35”)
Entra
“Falando de amor” como bg no trecho instrumental, sobe e fica até
o final.(3’21”)
Apresentador:
Ouvimos
“Falando de amor”, música de Tom Jobim interpretada pelo
“Quarteto em Cy” em parceria com o grupo “MPB-4”.
Os
pais de quatro baianinhas da cidade de Ibirataia decidiram que os
nomes de todas as filhas começariam com C e Y. Então, quando
Cybele, Cylene, Cynara e Cyva Ribeiro de Sá Leite escolheram ser
cantoras, os grandes incentivadores, Carlos Lyra e Vinicius de
Moraes, nem precisaram buscar muita inspiração para
dar nome ao grupo:
estava formado o Quarteto em CY. Ao longo de meio século, outras
artistas fizeram parte desse time: Semíramis, conhecida como Bimba,
Regina Werneck, Sandra Machado,
Dorinha Tapajós e, até 2014, Sonia Ferreira. Nomes de uma
trajetória e tanto que nunca deixou de ter como referência a Boa
Terra... (1’)
Entra
“Eu vim da Bahia”, e fica até o final. (2’49”)
Apresentador:
No
final da década de 60, as meninas do “Quarteto em Cy” já eram
sucesso como cantoras da noite carioca. Começaram na boate Bottle’s
(Bótous)
e depois passaram a se apresentar na Zum Zum, ao lado de Vinicius de
Moraes e Dorival Caymmi. O primeiro registro fonográfico do grupo
foi para o cinema. Elas fizeram o coro nas trilhas compostas por
Pixinguinha e Vinicius de Moraes para o
filme "Sol sobre a lama", dirigido por Alex Viany. Na
música que estamos ouvindo, “Iemanjá”, o solo é do
ator Rafael de Carvalho. (35”)
Entra
“Iemanjá” como bg, sobe e fica até o final. (1’51”)
(começar
em 1’ e cortar em 2’51”)
Segue
anexa
Apresentador:
Com dezenas de discos gravados, o “Quarteto em Cy” embalou a
história de muitos casais, na vida real e também nas novelas. Na
Rede Globo, elas gravaram a abertura de “Fogo sobre a terra”,
“Ciranda de Pedra” e “Por amor”, além de vários temas
de
personagens. No SBT, também soltaram a voz nos folhetins “Amor e
revolução” e “Éramos seis”. Vamos fazer um flashback ao ano
de 1981 com a canção “Céu cor de Rosa”, de Haroldo Barbosa,
tema de “Ciranda de Pedra”. (30”)
Entra
“Céu cor de rosa” entra como bg r fica até o final, (2’28”)
Apresentador:
Além
da bossa nova, o “Quarteto em Cy” enveredou também pelo samba.
Elas lançaram dois volumes de “Antologia do Samba Canção”,
pelo selo Philips, e depois levaram seus sambas para os Estados
Unidos nos anos 60.
Aliás,
foi em ritmo de samba um dos grandes momentos da carreira do
“Quarteto em Cy”, ainda no início da trajetória das quatro
baianinhas de Ibirataia.
O
projeto “Afro-sambas”, parceria de Vinícius de Moraes e Baden
Powell, resultou em um disco antológico, lançado
em 1966.
Estamos ouvindo “Tristeza e solidão”, uma das faixas desse disco
histórico.
(35”)
Entra
“Tristeza e solidão” como bg, sobe e fica até o final. (2’45”)
(https://www.youtube.com/watch?v=_m177eo3eAQ
/ a partir de 1:50 e vai até 4’35”).
Apresentador: No
próximo bloco, Estados Unidos, Japão, Europa. O “Quarteto em Cy”
ganha o mundo como “The girls from Bahia” (Dê
guéls from Baía)
ou, em bom português, “As meninas da Bahia”. (12”)
Locutor: Estamos
apresentando Estúdio F,
Momentos
Musicais da Funarte. (3”)
(TOTAL
DO BLOCO 20’)
I
N T E R V A L O
- Insert Chamada Funarte
Locutor: -
Continuamos com Estúdio F
Apresentador:
O
“Quarteto em Cy” foi muito bem recebido nos Estados Unidos.
Rebatizadas com
o nome de “The
girls from Bahia”
(Dê guéls from Baía),
as cantoras eram quase que instantaneamente ligadas a outro nome
bastante conhecido por lá: “Garota de Ipanema” ou
“The
girl from Ipanema”
(Dê
guél from Ipaníma),
clássico
de Tom e Vinicius regravado por Frank Sinatra e tantos
outros artistas. A Bahia também já era conhecida, graças à baiana
encenada por Carmen Miranda no cinema
a partir de 1939. Um parceiro importante para essa ‘boa recepção’
do Quarteto em Cy na primeira jornada fora do Brasil foi o
compositor e produtor Aloysio de Oliveira. Ele conhecia bem o mercado
americano desde que excursionou por lá com o Bando da Lua, na década
de 40, acompanhando Carmen Miranda, que aliás foi sua namorada. Já
na década de 60, Aloysio voltaria aos Estados Unidos com o Quarteto
em Cy, se tornaria marido de Cyva e faria história ao criar a
gravadora Elenco – especializada em lançamentos da bossa nova. Foi
por esse selo que o Quarteto lançou 3 LPs e tantas gravações, como
essa do “Samba torto”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, que
vamos ouvir agora (1’10”)
Entra
“Samba torto” como bg, sobe e fica até o final ( 1’55”)
Apresentador: Além
de gravar, nos Estados Unidos, versões de músicas brasileiras, o
“Quarteto em Cy” fez também o caminho inverso. Por exemplo,
transformou
a cantiga americana "Oh Suzannah" (Ó
Suzana)
em samba, com parte da letra em português: faixa do álbum
“Pardon my english” (Párdon
mái ínglix),
lançado em 1965 pela Warner Music (Uórner
míusic).
(20”)
Entra
“Oh Suzanna” e fica até o final. (1’43”)
A
Cynara me enviou. Segue anexa.
Apresentador:
Se
aqui
no Brasil
as garotas do “Quarteto em Cy” já eram queridinhas da turma da
Bossa Nova, nos Estados Unidos solidificaram a carreira. Durante a
história do grupo, foram várias vezes para lá, em temporadas que
duraram anos. Por mais de quatro décadas, alguns de seus álbuns
ficaram inéditos no mercado fonográfico brasileiro. Foi o caso dos
discos “Pardon my english” (Párdon
mái ínglix)
e “Revolución com Brasília!”, lançados pela Warner Music
(Uórner
Miusic) na
década de 60, e que, só em 2012, foram lançados no Brasil, pelo
selo Discobertas. Agora, no Estúdio F, direto de “Revolución com
Brasília!”, o afro-samba “Berimbau”, de Vinícius de Morais e
Baden Powell. (40”)
Entra
“Berimbau” e fica até o final (2’57”)
Apresentador:
Outro
país desbravado pelo “Quarteto em Cy” foi o Japão, onde o
conjunto se apresentou pela 1ª vez na década de 90.
As quatro cantoras deram início à carreira por
lá em companhia de Carlos Lyra e Leila Pinheiro. Participaram de um
festival de bossa nova, fizeram shows na casa noturna Kay (Cái)
e gravaram
um especial para TV local. A repercussão foi tanta que, além de
promoverem o álbum “Bossa em Cy”, acabaram relançando por lá
todos os discos de carreira, conquistando fãs em todo o país. Como
a cantora Lisa Ono, que se tornaria uma referência mundial em bossa
nova e faria bonito cantando clássicos como “Dindi”, de Tom
Jobim e Aloysio de Oliveira, dividindo os vocais com o Quarteto em
Cy.
(40”)
Entra
“Dindi” e fica até o final.
(3’32”)
Apresentador:
O
canto do
Quarteto em Cy chegou também à Europa. A convite do governo
espanhol, as quatro sabiás baianas participaram das comemorações
dos 500 anos do descobrimento da América, fazendo apresentações em
diversas cidades da Espanha, mais uma vez com o companheiro Carlos
Lyra, além da cantora Maria Creuza e do pianista Gilson Peranzzetta.
Mais uma turnê internacional de sucesso, que teve como destaque esse
clássico de Chico Buarque, valorizado nas vozes do “Quarteto em
Cy”.
(30”)
Entra
“João e Maria” e fica até o final ( 2'13”)
http://www.youtube.com/watch?v=XsvROkOhj_c
Apresentador: No
próximo bloco,
a parceria do “Quarteto em Cy” com grandes nomes da MPB: uma
receita de sucesso e longevidade.
(12”)
Locutor: Estamos
apresentando Estúdio F,
Momentos
Musicais da Funarte. (3”)
(TOTAL
DO BLOCO, 16’)
I
N T E R V A L O
- Insert Chamada Funarte
Locutor: -
Continuamos com Estúdio F
Apresentador:
As
quatro baianinhas do “Quarteto em Cy” estavam sempre muito bem
acompanhadas. E
isso se refletiu no trabalho e na construção do seu repertório.
Cantaram Gonzaguinha, Caetano Veloso, Ivan Lins, Milton Nascimento,
Djavan e muitos outros. No grupo MBP-4, encontraram uma espécie de
“versão masculina” de sua própria trajetória. Quatro homens
abrindo vozes para cantar samba, MPB e o que mais estivesse pela
frente. Juntos, lançaram cinco discos.
Nos anos 80: “Cobra de vidro” e “Flicts”. Na década de 90,
“Bate Boca” e “Somos todos iguais”. No ano 2000, lançaram
“Vinicius: a arte do encontro”. No álbum “Somos
Todos Iguais”, dedicaram suas oito vozes às obras de Ivan Lins e
Djavan, com gravações como essa que já tocando: de Ivan Lins e
Vitor Martins, “Somos todos iguais nesta noite”.
(40”)
Entra
“Somos todos Iguais nesta noite” como bg, sobe e fica até o
final. (2'32”)
Apresentador: O baiano Dorival Caymmi foi outro grande parceiro do “Quarteto em Cy”. Juntos, lançaram dois discos no início da carreira. “Vinícius e Caymmi no Zum Zum - com Oscar Castro Neves”, e “Caymmi and The Girls From Bahia” (end dê guérls from Baía). O encontro com o gênio baiano se repetiria outras tantas vezes na carreira do conjunto e renderia shows e gravações, inclusive em um DVD de produção independente chamado “Vinicius e Caymmi em Cy”. Essa receita, que deu certo, a gente confere em “Vatapá”.(35”)
Entra
“Vatapá”como bg, sobe e fica até o final. (2'48”).
Apresentador:
O
“Quarteto em Cy” soube fazer da vida a arte do encontro, como
dizia Vinícius de Moraes. Como,
por exemplo, os vários encontros com Chico Buarque, que contou com
as vozes de Cynara e Cybele para vencer o Festival Internacional da
Canção de 1968, com “Sabiá”, parceria dele com Tom Jobim.
Muito
tempo depois, já em 1991, o Quarteto prestaria homenagem à obra
buarqueana no CD “Chico em Cy”. Na capa, as cantoras posaram como
num time de futebol, vestindo o verde-e-azul do Politheama – time
de pelada de Chico. Depois da homenagem em forma de disco, viriam
outras gravações de suas composições a quatro vozes: como a bela
valsa “Imagina”, parceria de Chico com Tom Jobim, que aliás
acompanhou ao piano o Quarteto em Cy. Foi a última gravação do
maestro, realizada em setembro de 1994, três meses antes de sua
morte. Vamos ouvir?
(1’15”)
Entra
“Imagina” e fica até o final. (1'58”)
Segue
anexa. Cortar.
Apresentador:
Foi
Vinícius
de Moraes a figura mais importante para o “Quarteto em Cy”. Além
de ter colaborado para a criação do nome do conjunto, o poeta atuou
como padrinho das meninas, abrindo portas para elas na noite carioca
e nas festinhas que eram o ponto alto do Rio de Janeiro dos anos 60.
Em 1981, um ano após sua morte, elas relembraram o amigo com o show
"Falando
de amor pra Vinicius", ao lado do violonista Luís Cláudio
Ramos. Nas
décadas seguintes, outros tributos vieram, como por exemplo os dois
discos inteirinhos dedicados a ele: “Vinicius em Cy” (de 1993) e
“Vinicius – a arte do encontro”, gravado a oito vozes com o
MPB-4 e lançado no ano 2000. Homenagens vieram também em gravações
avulsas como a que fizeram do samba “Como dizia o poeta”, de
Vinicius e Toquinho, que participa da gravação.
(50”)
Entra
“Como dizia o poeta” como bg sobe e fica até o final. (1’39”)
http://www.youtube.com/watch?v=E75IrPiDn4Q
cortar no tempo indicado
Apresentador: “Ai
de quem não rasga o coração... / Esse não vai ter perdão.” Os
versos de Vinicius foram desde sempre seguidos pelo Quarteto em Cy,
que gravando os sambas do Poetinha e de outros mestres como Chico
Buarque, Caymmi e Tom Jobim, fizeram história na música brasileira.
Uma história que seria cantada pelo próprio conjunto em 2006,
quando Nei Lopes e Ruy Quaresma escreveram o “Samba em Cy”. Uma
composição feita nas regras do samba-enredo e que encerra nossa
homenagem ao mais famoso e mais longevo conjunto vocal feminino do
nosso país. (25”)
Entra
“Samba em Cy” e fica até o final. (2’25”)
https://www.youtube.com/watch?v=gstbB3Z1RyU
atenção, cortar a música exatamente. Vai começar em 1’52”.
Entra
música tema do Estúdio F e fica em BG com a narrativa abaixo
grifada. (57”)
Apresentador:
O programa de hoje foi roteirizado pela pesquisadora e jornalista
Aline Veroneze com supervisão de Pedro Paulo Malta. O Estúdio F é
apresentado toda semana pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro e nas
Rádios Nacional de Brasília e da Amazônia, emissoras EBC –
Empresa Brasil de Comunicação. Os programas da série também são
uma das atrações do Portal das Artes. O endereço é
www.funarte.gov.br. Cultura ao alcance de um clique! Você também
pode ouvir o programa pelo site da EBC: www.ebc.com.br. Quem quiser
pode escrever para nós, o endereço é: estudiof@ebc.com.br
Apresentador:
Valeu,
pessoal! Até a próxima!!!
OBS:
O terceiro bloco tem um total de (17')
Total
aproximado (53')
CHAMADA
Apresentador:
Elas encantaram o Brasil e o mundo cantando juntas. Por
suas quatro vozes passaram os versos e as melodias de alguns dos
maiores compositores do nosso país. Estou falando do “Quarteto em
Cy”, homenageado do Estúdio F
na segunda-feira,
às 21 horas, aqui na Rádio Nacional. (25”)