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sábado, 18 de julho de 2015

Biografias musicais para a Rádio Nacional/Funarte - Quarteto em Cy


Estúdio F
Quarteto em Cy


Bloco 1

Á U D I O T E X T O

Música-tema entra e fica em BG;

Locutor - A Rádio Nacional apresenta
ESTUDIO F,
Momentos Musicais da Funarte

Apresentação de ----- (1’25”)
Entra “Falando de amor” só a parte instrumental fica como bg e logo cai.

Apresentador: Elas seguiram o caminho que o samba apontou. Nasceram na Bahia, assumiram nova forma no Rio de Janeiro e depois ganharam o Brasil e o mundo. As quatro irmãs, baianas, donas de vozes encantadoras, formaram o conjunto vocal feminino que é referencia na música popular brasileira. Um conjunto que ganhou vida própria, teve diferentes formações, mas nunca perdeu a identidade. Vamos falar de amizade e de amor – pela bossa nova, pelo samba e pela vida – nessa homenagem do Estúdio F ao Quarteto em Cy. (35”)

Entra “Falando de amor” como bg no trecho instrumental, sobe e fica até o final.(3’21”)

Apresentador: Ouvimos “Falando de amor”, música de Tom Jobim interpretada pelo “Quarteto em Cy” em parceria com o grupo “MPB-4”.
Os pais de quatro baianinhas da cidade de Ibirataia decidiram que os nomes de todas as filhas começariam com C e Y. Então, quando Cybele, Cylene, Cynara e Cyva Ribeiro de Sá Leite escolheram ser cantoras, os grandes incentivadores, Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, nem precisaram buscar muita inspiração para dar nome ao grupo: estava formado o Quarteto em CY. Ao longo de meio século, outras artistas fizeram parte desse time: Semíramis, conhecida como Bimba, Regina Werneck, Sandra Machado, Dorinha Tapajós e, até 2014, Sonia Ferreira. Nomes de uma trajetória e tanto que nunca deixou de ter como referência a Boa Terra... (1’)
Entra “Eu vim da Bahia”, e fica até o final. (2’49”)
Apresentador: No final da década de 60, as meninas do “Quarteto em Cy” já eram sucesso como cantoras da noite carioca. Começaram na boate Bottle’s (Bótous) e depois passaram a se apresentar na Zum Zum, ao lado de Vinicius de Moraes e Dorival Caymmi. O primeiro registro fonográfico do grupo foi para o cinema. Elas fizeram o coro nas trilhas compostas por Pixinguinha e Vinicius de Moraes para o filme "Sol sobre a lama", dirigido por Alex Viany. Na música que estamos ouvindo, “Iemanjá”, o solo é do ator Rafael de Carvalho. (35”)
Entra “Iemanjá” como bg, sobe e fica até o final. (1’51”)
(começar em 1’ e cortar em 2’51”)
Segue anexa
Apresentador: Com dezenas de discos gravados, o “Quarteto em Cy” embalou a história de muitos casais, na vida real e também nas novelas. Na Rede Globo, elas gravaram a abertura de “Fogo sobre a terra”, “Ciranda de Pedra” e “Por amor”, além de vários temas de personagens. No SBT, também soltaram a voz nos folhetins “Amor e revolução” e “Éramos seis”. Vamos fazer um flashback ao ano de 1981 com a canção “Céu cor de Rosa”, de Haroldo Barbosa, tema de “Ciranda de Pedra”. (30”)
Entra “Céu cor de rosa” entra como bg r fica até o final, (2’28”)
Apresentador: Além da bossa nova, o “Quarteto em Cy” enveredou também pelo samba. Elas lançaram dois volumes de “Antologia do Samba Canção”, pelo selo Philips, e depois levaram seus sambas para os Estados Unidos nos anos 60.
Aliás, foi em ritmo de samba um dos grandes momentos da carreira do “Quarteto em Cy”, ainda no início da trajetória das quatro baianinhas de Ibirataia. O projeto “Afro-sambas”, parceria de Vinícius de Moraes e Baden Powell, resultou em um disco antológico, lançado em 1966. Estamos ouvindo “Tristeza e solidão”, uma das faixas desse disco histórico. (35”)
Entra “Tristeza e solidão” como bg, sobe e fica até o final. (2’45”)
(https://www.youtube.com/watch?v=_m177eo3eAQ / a partir de 1:50 e vai até 4’35”).
Apresentador: No próximo bloco, Estados Unidos, Japão, Europa. O “Quarteto em Cy” ganha o mundo como “The girls from Bahia” (Dê guéls from Baía) ou, em bom português, “As meninas da Bahia”. (12”)

Locutor: Estamos apresentando Estúdio F,
Momentos Musicais da Funarte. (3”)

(TOTAL DO BLOCO 20’)

I N T E R V A L O

  • Insert Chamada Funarte

Locutor: - Continuamos com Estúdio F

Apresentador: O “Quarteto em Cy” foi muito bem recebido nos Estados Unidos. Rebatizadas com o nome de The girls from Bahia (Dê guéls from Baía), as cantoras eram quase que instantaneamente ligadas a outro nome bastante conhecido por lá: “Garota de Ipanema” ou The girl from Ipanema(Dê guél from Ipaníma), clássico de Tom e Vinicius regravado por Frank Sinatra e tantos outros artistas. A Bahia também já era conhecida, graças à baiana encenada por Carmen Miranda no cinema a partir de 1939. Um parceiro importante para essa ‘boa recepção’ do Quarteto em Cy na primeira jornada fora do Brasil foi o compositor e produtor Aloysio de Oliveira. Ele conhecia bem o mercado americano desde que excursionou por lá com o Bando da Lua, na década de 40, acompanhando Carmen Miranda, que aliás foi sua namorada. Já na década de 60, Aloysio voltaria aos Estados Unidos com o Quarteto em Cy, se tornaria marido de Cyva e faria história ao criar a gravadora Elenco – especializada em lançamentos da bossa nova. Foi por esse selo que o Quarteto lançou 3 LPs e tantas gravações, como essa do “Samba torto”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, que vamos ouvir agora (1’10”)

Entra “Samba torto” como bg, sobe e fica até o final ( 1’55”)


Apresentador: Além de gravar, nos Estados Unidos, versões de músicas brasileiras, o “Quarteto em Cy” fez também o caminho inverso. Por exemplo, transformou a cantiga americana "Oh Suzannah" (Ó Suzana) em samba, com parte da letra em português: faixa do álbum “Pardon my english” (Párdon mái ínglix), lançado em 1965 pela Warner Music (Uórner míusic). (20”)

Entra “Oh Suzanna” e fica até o final. (1’43”)
A Cynara me enviou. Segue anexa.

Apresentador: Se aqui no Brasil as garotas do “Quarteto em Cy” já eram queridinhas da turma da Bossa Nova, nos Estados Unidos solidificaram a carreira. Durante a história do grupo, foram várias vezes para lá, em temporadas que duraram anos. Por mais de quatro décadas, alguns de seus álbuns ficaram inéditos no mercado fonográfico brasileiro. Foi o caso dos discos “Pardon my english” (Párdon mái ínglix) e “Revolución com Brasília!”, lançados pela Warner Music (Uórner Miusic) na década de 60, e que, só em 2012, foram lançados no Brasil, pelo selo Discobertas. Agora, no Estúdio F, direto de “Revolución com Brasília!”, o afro-samba “Berimbau”, de Vinícius de Morais e Baden Powell. (40”)

Entra “Berimbau” e fica até o final (2’57”)


Apresentador: Outro país desbravado pelo “Quarteto em Cy” foi o Japão, onde o conjunto se apresentou pela 1ª vez na década de 90. As quatro cantoras deram início à carreira por lá em companhia de Carlos Lyra e Leila Pinheiro. Participaram de um festival de bossa nova, fizeram shows na casa noturna Kay (Cái) e gravaram um especial para TV local. A repercussão foi tanta que, além de promoverem o álbum “Bossa em Cy”, acabaram relançando por lá todos os discos de carreira, conquistando fãs em todo o país. Como a cantora Lisa Ono, que se tornaria uma referência mundial em bossa nova e faria bonito cantando clássicos como “Dindi”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, dividindo os vocais com o Quarteto em Cy. (40”)
Entra “Dindi” e fica até o final. (3’32”)
Apresentador: O canto do Quarteto em Cy chegou também à Europa. A convite do governo espanhol, as quatro sabiás baianas participaram das comemorações dos 500 anos do descobrimento da América, fazendo apresentações em diversas cidades da Espanha, mais uma vez com o companheiro Carlos Lyra, além da cantora Maria Creuza e do pianista Gilson Peranzzetta. Mais uma turnê internacional de sucesso, que teve como destaque esse clássico de Chico Buarque, valorizado nas vozes do “Quarteto em Cy”. (30”)
Entra “João e Maria” e fica até o final ( 2'13”)
http://www.youtube.com/watch?v=XsvROkOhj_c
Apresentador: No próximo bloco, a parceria do “Quarteto em Cy” com grandes nomes da MPB: uma receita de sucesso e longevidade. (12”)

Locutor: Estamos apresentando Estúdio F,
Momentos Musicais da Funarte. (3”)

(TOTAL DO BLOCO, 16’)

I N T E R V A L O
  • Insert Chamada Funarte
Locutor: - Continuamos com Estúdio F

Apresentador: As quatro baianinhas do “Quarteto em Cy” estavam sempre muito bem acompanhadas. E isso se refletiu no trabalho e na construção do seu repertório. Cantaram Gonzaguinha, Caetano Veloso, Ivan Lins, Milton Nascimento, Djavan e muitos outros. No grupo MBP-4, encontraram uma espécie de “versão masculina” de sua própria trajetória. Quatro homens abrindo vozes para cantar samba, MPB e o que mais estivesse pela frente. Juntos, lançaram cinco discos. Nos anos 80: “Cobra de vidro” e “Flicts”. Na década de 90, “Bate Boca” e “Somos todos iguais”. No ano 2000, lançaram “Vinicius: a arte do encontro”. No álbum “Somos Todos Iguais”, dedicaram suas oito vozes às obras de Ivan Lins e Djavan, com gravações como essa que já tocando: de Ivan Lins e Vitor Martins, “Somos todos iguais nesta noite”. (40”)
Entra “Somos todos Iguais nesta noite” como bg, sobe e fica até o final. (2'32”)

Apresentador: O baiano Dorival Caymmi foi outro grande parceiro do “Quarteto em Cy”. Juntos, lançaram dois discos no início da carreira. “Vinícius e Caymmi no Zum Zum - com Oscar Castro Neves”, e “Caymmi and The Girls From Bahia” (end dê guérls from Baía). O encontro com o gênio baiano se repetiria outras tantas vezes na carreira do conjunto e renderia shows e gravações, inclusive em um DVD de produção independente chamado “Vinicius e Caymmi em Cy”. Essa receita, que deu certo, a gente confere em “Vatapá”.(35”)
Entra “Vatapá”como bg, sobe e fica até o final. (2'48”).
Apresentador: O “Quarteto em Cy” soube fazer da vida a arte do encontro, como dizia Vinícius de Moraes. Como, por exemplo, os vários encontros com Chico Buarque, que contou com as vozes de Cynara e Cybele para vencer o Festival Internacional da Canção de 1968, com “Sabiá”, parceria dele com Tom Jobim.
Muito tempo depois, já em 1991, o Quarteto prestaria homenagem à obra buarqueana no CD “Chico em Cy”. Na capa, as cantoras posaram como num time de futebol, vestindo o verde-e-azul do Politheama – time de pelada de Chico. Depois da homenagem em forma de disco, viriam outras gravações de suas composições a quatro vozes: como a bela valsa “Imagina”, parceria de Chico com Tom Jobim, que aliás acompanhou ao piano o Quarteto em Cy. Foi a última gravação do maestro, realizada em setembro de 1994, três meses antes de sua morte. Vamos ouvir? (1’15”)
Entra “Imagina” e fica até o final. (1'58”)
Segue anexa. Cortar.
Apresentador: Foi Vinícius de Moraes a figura mais importante para o “Quarteto em Cy”. Além de ter colaborado para a criação do nome do conjunto, o poeta atuou como padrinho das meninas, abrindo portas para elas na noite carioca e nas festinhas que eram o ponto alto do Rio de Janeiro dos anos 60. Em 1981, um ano após sua morte, elas relembraram o amigo com o show "Falando de amor pra Vinicius", ao lado do violonista Luís Cláudio Ramos. Nas décadas seguintes, outros tributos vieram, como por exemplo os dois discos inteirinhos dedicados a ele: “Vinicius em Cy” (de 1993) e “Vinicius – a arte do encontro”, gravado a oito vozes com o MPB-4 e lançado no ano 2000. Homenagens vieram também em gravações avulsas como a que fizeram do samba “Como dizia o poeta”, de Vinicius e Toquinho, que participa da gravação. (50”)
Entra “Como dizia o poeta” como bg sobe e fica até o final. (1’39”)
Apresentador: “Ai de quem não rasga o coração... / Esse não vai ter perdão.” Os versos de Vinicius foram desde sempre seguidos pelo Quarteto em Cy, que gravando os sambas do Poetinha e de outros mestres como Chico Buarque, Caymmi e Tom Jobim, fizeram história na música brasileira. Uma história que seria cantada pelo próprio conjunto em 2006, quando Nei Lopes e Ruy Quaresma escreveram o “Samba em Cy”. Uma composição feita nas regras do samba-enredo e que encerra nossa homenagem ao mais famoso e mais longevo conjunto vocal feminino do nosso país. (25”)
Entra “Samba em Cy” e fica até o final. (2’25”)
https://www.youtube.com/watch?v=gstbB3Z1RyU atenção, cortar a música exatamente. Vai começar em 1’52”.


Entra música tema do Estúdio F e fica em BG com a narrativa abaixo grifada. (57”)


Apresentador: O programa de hoje foi roteirizado pela pesquisadora e jornalista Aline Veroneze com supervisão de Pedro Paulo Malta. O Estúdio F é apresentado toda semana pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro e nas Rádios Nacional de Brasília e da Amazônia, emissoras EBC – Empresa Brasil de Comunicação. Os programas da série também são uma das atrações do Portal das Artes. O endereço é www.funarte.gov.br. Cultura ao alcance de um clique! Você também pode ouvir o programa pelo site da EBC: www.ebc.com.br. Quem quiser pode escrever para nós, o endereço é: estudiof@ebc.com.br


Apresentador: Valeu, pessoal! Até a próxima!!!
OBS: O terceiro bloco tem um total de (17')
Total aproximado (53')
CHAMADA
Apresentador: Elas encantaram o Brasil e o mundo cantando juntas. Por suas quatro vozes passaram os versos e as melodias de alguns dos maiores compositores do nosso país. Estou falando do “Quarteto em Cy”, homenageado do Estúdio F na segunda-feira, às 21 horas, aqui na Rádio Nacional. (25”)


Intercom2017 - Curitiba - O artigo